IBGE apontou que área plantada pode aumentar passando de 13,2 mil hectares na safra de 2023 para 14,8 mil hectares na safra atual

Goianésia - A produção de tomate em Goianésia está prevista para crescer significativamente na safra de 2024, alcançando 1,4 milhão de toneladas, segundo dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Jalles Fontoura, presidente do Conselho de Administração da Goialli, empresa goianesiense especializada em produtos derivados de tomate, destacou as expectativas promissoras para esta safra: "Neste ano de 2024, as indústrias precisaram compensar a quebra de safra do ano passado, aumentando em mais de 30% a área plantada. A safra natural será muito maior em termos de tomates processados. A produtividade até agora está boa, com mais de 100 hectares, superando até mesmo outras culturas como a cana. As perspectivas para 2024 são muito favoráveis. Municípios como Goianésia, Barro Alto, Santa Rita e Vila Propício têm um grande potencial, sendo regiões menos suscetíveis a pragas."

Segundo o IBGE, a área plantada de tomate também deve registrar crescimento em Goiás, passando de 13,2 mil hectares na safra de 2023 para 14,8 mil hectares na safra atual, o que representa um aumento de 12,3%.

Jalles Fontoura enfatizou os principais desafios enfrentados pelos produtores nesta safra, ressaltando que investimentos são cruciais para aumentar a produtividade.

Ele também destacou que a cultura do tomate envolve custos elevados: "O custo do tomate é de R$ 35 mil por hectare, o dobro do custo de culturas como milho, soja e cana. Além disso, é uma cultura que depende muito de tecnologia, assistência técnica rigorosa e cuidados intensivos com doenças e bactérias. A gestão precisa ser de alta qualidade. Além do mais, há necessidade de investimentos em maquinário caro, como colhedeiras que podem custar entre R$ 2 e R$ 3 milhões."

A previsão é que Goiás mantenha sua liderança na produção nacional de tomate, à frente de estados como São Paulo (com 1 milhão de toneladas) e Minas Gerais (com 519,4 mil toneladas), que ocupam o segundo e terceiro lugares, respectivamente.