Auditor-Fiscal Ricardo Costa Pinto desenvolveu a Rede Neural Artificial (RNA) que auxilia a Receita Estadual na fiscalização tributária

Goianésia – Pioneiro no país, Goiás já conta com o auxílio da inteligência artificial para identificar empresas fantasmas e evitar perdas de arrecadação de tributos. O Auditor-Fiscal da Receita Estadual, Ricardo Costa Pinto, desenvolveu a Rede Neural Artificial (RNA) que auxilia a administração tributária nos procedimentos de fiscalização aos empreendimentos ilícitos que atentam contra a ordem tributária. O uso de tal tecnologia não tem precedentes, sendo inédito no Brasil entre o fisco federal, distrital, estaduais e municipais.

De acordo com Ricardo Pinto — titular da Delegacia Regional de Fiscalização (DRF) de Luziânia, na região do entorno de Brasília — das 965 empresas ativas selecionadas pela RNA, até o momento, 160 contribuintes foram fiscalizados com a efetivação de 149 suspensão ou inabilitação.

Segundo ele, o índice representa um resultado assertivo de 93%: “É uma taxa impressionante em termos de eficiência, ou seja, está muito acima dos métodos tradicionais de fiscalização”, ressalta.

Afinal, como funciona a RNA e como ela foi desenvolvida? Ricardo Pinto explica que, tradicionalmente, o fisco utiliza de malhas fiscais e cruzamento de dados para tentar identificar possíveis fraudes. Este tipo de metodologia, de acordo com ele, não emprega técnicas de aprendizado de máquina (machine learning). Enquanto que a inteligência artificial, por meio dos neurônios artificiais, possui capacidade de predição resultando em uma fiscalização mais assertiva, assim como o cérebro humano.

“Reunindo técnicas de modelagem baseadas em dados, redes neurais e outras técnicas de inteligência artificial é possível avançar sem limites rumo a ferramentas cada vez mais eficientes e poderosas”, elucida.