Goianésia – Dados do Ministério da Saúde estimam que cerca de 108 mil pessoas no Brasil vivem com o vírus HIV em seu corpo e ainda não sabem. A maioria é de jovens entre 15 e 24 anos. Entre 1980 e junho de 2022, foram identificados 1.000.088.536 casos de AIDS no Brasil.
De acordo com os últimos dados, Goiás registrou 1.470 pessoas diagnosticadas com HIV em 2022. Já Goianésia possui atualmente 141 casos da doença com 11 óbitos registrados entre 2020 e 2023.
O diagnóstico tardio é um dos principais agravantes para a população que vive com HIV, como destaca a infectologista Juliana Lapa: "Hoje os nossos problemas de pacientes com HIV que morrem de HIV são por dois caminhos: ou diagnóstico tardio ou abandono de tratamento. Esse é o grande problema hoje da do HIV no Brasil".
O infectologista Emerson Luz aponta a importância de efetuar o tratamento contra a doença de forma correta para uma melhor qualidade de vida. "O grande objetivo do tratamento com os medicamentos antirretrovirais é impedir a multiplicação do vírus, mantendo o que é chamado como carga viral, sempre indetectável. O paciente que faz o uso do medicamento vai apresentar um sistema imunológico competente e vai apresentar uma vida normal, podendo praticar esportes, se alimentar normalmente, viajar. Por isso é de suma importância fazer o teste sempre que houver a suspeita de ter o HIV. Devemos lembrar que o portador de HIV é muito diferente da AIDS", destaca.
O vírus da imunodeficiência humana ou HIV ataca as células de defesa do organismo facilitando o aparecimento de diversas infecções, podendo se manifestar de formas graves ou mesmo evoluir para o óbito. O tratamento do HIV com a medicação recomendada ajuda a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico e interrompe a transmissão do vírus.
