Percentual de pessoas que buscam emprego há mais de dois anos é de 0,5%, o mais baixo do ranking nacional

Goianésia – Goiás registrou a menor taxa de desemprego a longo prazo do país, de acordo com levantamento realizado pelo Instituto Mauro Borges de Pesquisas e Estatísticas (IMB), unidade de pesquisa do governo estadual. O percentual de pessoas desocupadas que estão há mais de dois anos procurando emprego no Estado é de 0,5%, enquanto que a média nacional é superior a 2,4%. Os dados foram compilados com base na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), relativa ao terceiro trimestre de 2022 e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o trimestre anterior, Goiás apresentou queda de 0,5%, deixando de ocupar a quinta colocação para saltar para a primeira em menor percentual de pessoas desempregadas de longo prazo.

Os resultados seguem na contramão da tendência mundial no período pós-pandemia, no qual a taxa de desemprego a longo prazo vem assumindo lugar de destaque na composição do desemprego. Dados da agência norte-americana Bureau of Labor Statistics indicam um crescimento expressivo desse índice na composição do desemprego total dos Estados Unidos. Antes da pandemia, o desemprego de longo prazo representava 19% da taxa de desemprego total, passando para 42% em 2021.

A taxa de desemprego de longo prazo é caracterizada a partir da taxa de desocupação e do tempo de procura por emprego, e é definida quando um trabalhador está à procura de um emprego há mais de dois anos. Segundo a Secretaria de Políticas Econômicas (SPE), esse grupo é formado majoritariamente por pessoas do sexo feminino, pessoas jovens e pessoas com baixa escolaridade.

Rendimento real mensal

A PNAD também mostrou que Goiás ampliou o rendimento médio de todos os trabalhos das pessoas ocupadas (6,4%), o que representou o maior crescimento relativo em comparação ao trimestre anterior dos últimos 11 anos.

O Estado de Goiás alcançou no terceiro trimestre de 2022 patamares históricos em importantes indicadores do mercado de trabalho, dentre os quais se destacam o maior estoque de pessoas ocupadas (3,7 milhões) e a menor taxa de desocupação em oito anos (6,1%). Esses indicadores contribuíram para que o Estado de Goiás alcançasse o maior volume da massa de rendimento médio real mensal em 11 anos, atingindo o valor de R$ 9,8 bilhões.