Economistas destacam, porém, que o cenário ainda é incerto

Goianésia – Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicado (Ipea) revelam que a aprovação da reforma tributária pode acrescentar 2,39% ao Produto Interno Bruto do Brasil até 2032. O levantamento simulou os impactos econômicos regionais e setoriais das propostas da reforma sobre o consumo que estão em discussão no Congresso Nacional.

Para o advogado Arnaldo Sampaio, o levantamento é mais um a estimar avanço da economia brasileira, consequência da simplificação do sistema tributário: "Há vários estudos hoje que apontam que esta reforma tributária iria ter como resultado o aquecimento do modelo econômico e iria ter como resultado uma ampliação do nosso produto interno bruto. A impressão que tenho é que a reforma tributária tende naturalmente a reduzir a carga tributária, liberando recursos do setor produtivo, o que teria como resultado e como benefício do Brasil como um todo".

De acordo com o estudo, esse acréscimo se dá porque a versão ratificada pelos pelos deputados federais, prevê tributação mais baixa sobre produtos e serviços ligados à saúde, educação, transporte, produtos agropecuários, itens de higiene pessoal, assim como regimes especiais para combustíveis, setor financeiro e turismo por exemplo.

Para o economista Cláudio Henrique, e ainda é cedo para se definir estudos sobre a reforma. "Muitas situações vão ser por lei complementar, que pode modificar todo e qualquer estudo. O que se tem na verdade a entender é que a carga tributária não vai diminuir. O que se tem certeza é que pro setor de serviços a carga tributária vai aumentar e que o setor agropecuário, o que tá por vir, por lei complementar ainda não garante a manutenção da mesma carga e pro setor industrial há uma expectativa de retração de carga", avalia.