Ainda sem data, presidente Múcio Santana disse que ela será agendada para o começo de maio

Goianésia – Após uma série de discussões sobre sobre a destinação do prédio do Credeq na RVC FM, a Câmara Municipal de Goianésia vai realizar uma audiência pública o tema. Concluído há mais de cinco anos, a estrutura está abandonada e sem utilização. Ainda sem data para ser realizada, o presidente da Câmara, Múcio Santana, disse que a audiência vai acontecer ainda no começo de maio.

"Nós precisamos ouvir a comunidade e estamos articulando com a comissão da saúde da Câmara e com o Conselho Municipal de Saúde para que possamos realizar essa audiência nos primeiros dias de maio para que possamos captar sugestões e encaminhar ao governador para que essas providências sejam tomadas", falou o vereador em entrevista à RVC FM.

O prédio do Credeq, finalizado ainda pela gestão Marconi Perillo em 2018, foi um investimento de quase R$ 30 milhões, o maior já feito pelo Governo de Goiás em Goianésia e o segundo maior da Região Norte, perdendo apenas para o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN) em Uruaçu.

"A população e as lideranças políticas precisam participar. É o momento de fazermos um movimento suprapartidária para buscarmos uma destinação para aquele imóvel em que foram investidos tantos milhões do dinheiro público e que precisa retornar à população em serviços de qualidade", disse Múcio. "Queremos uma solução, o que não podemos é deixar R$ 30 milhões abandonados", completou.

Também esteve presente no estúdio da RVC FM o vereador Dr. Marcos Vinícius, que está à frente da Comissão de Saúde da Câmara. Ele defendeu a realização da audiência e a utilização do prédio na saúde.

"Desde 2017 eu venho defendendo que o prédio seja utilizado para a área da saúde, para tratar os dependentes químicos. Como médico, eu venho acompanhando o sofrimento de inúmeras famílias de Goianésia e do Vale do São Patrício com dependentes químicos dentro de casa. Ali pode e deve ser utilizado para salvar essas vidas", disse o médico.

Tanto ele quanto Santana se disseram contra ao prédio ser repassado ao município devido ao escopo do Credeq se comparado aos limites dos recursos municipais. "É um custo muito alto que teríamos que sacrificar outros investimentos na área da saúde. Pode atrapalhar principalmente na conclusão e funcionando do novo Hospital Municipal, porque a verba para a saúde é muito limitada", argumentou Marcos Vinícius.