Empresas terão de integrar NF-e a sistemas de pagamento como PIX e cartões, obrigando emissão de nota mesmo sem solicitação do cliente

Goianésia - A partir de novembro de 2025, empresas com CNPJ não poderão mais emitir nota fiscal eletrônica (NF-e) de forma independente. A medida integra uma atualização nacional do sistema de emissão fiscal, que visa padronizar processos e aumentar a segurança nas operações comerciais.

O vice-presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás, Henrique Ricardo, explica que a mudança obriga os empresários a integrar o sistema de gestão ao pagamento realizado via PIX, cartão de débito ou crédito. “Agora, independente do cliente solicitar a nota, a empresa terá que emitir o documento. Isso visa combater sonegação, descaminho e empresas fantasmas, que são criadas e fecham rapidamente. Essa prática já existe em outros estados e agora será implementada em Goiás pela Secretaria de Economia”, destacou.

Segundo a Receita Federal, a medida tem como objetivo modernizar o controle tributário e reduzir fraudes fiscais, integrando a emissão de notas a plataformas unificadas de gestão e autorização.

Henrique Ricardo reforça que supermercados, padarias, postos de combustível e drogarias são exemplos de estabelecimentos que precisarão comprovar todas as notas emitidas e seus respectivos pagamentos. “Se houver pagamento via PIX ou cartão e a nota não estiver emitida, o estabelecimento será multado e terá que pagar o imposto devido. Empresas abertas em 2025 terão até agosto de 2026 para se adequar”, esclareceu.

O Conselho Regional de Contabilidade recomenda que os empresários busquem apoio contábil e tecnológico para garantir a transição antes do prazo, evitando bloqueios ou atrasos na emissão de notas fiscais.

A nova norma deve impactar principalmente pequenos e médios empreendedores, que precisarão atualizar seus sistemas de faturamento para se adaptar ao modelo digital unificado.