O “ouro do Cerrado” movimenta a economia local e traz sabor às mesas goianas

Goianésia - Conhecido como o "ouro do Cerrado", o pequi é um dos frutos mais emblemáticos da região Centro-Oeste. A árvore que o produz, o pequizeiro, pode atingir até 12 metros de altura, e sua colheita vai de novembro a janeiro. Goiás é o segundo maior produtor de pequi no Brasil, atrás apenas de Minas Gerais, mas a Ceasa de Goiás se destaca como a maior vendedora do produto no país, comercializando mais do que é extraído no Estado.

Muitas pessoas, como Doralice Cunha, aproveitam essa época do ano para buscar o fruto. “Adoro ir procurar pequi no mato. Para o almoço de domingo, o franguinho com pequi é indispensável! E não é só isso, eu também gosto de preparar com gueroba. Todos em casa amam! Quem não gosta de pequi não sabe o que está perdendo,” afirma Doralice com entusiasmo.

A safra de pequi movimenta não apenas a Ceasa, mas também as feiras livres, gerando cerca de mil empregos. Josué Lopes, gerente técnico da Ceasa, ressalta que os preços deste ano se mantêm semelhantes aos do ano passado. “Uma caixa de pequi custa hoje cerca de R$ 60,00 a preço de compra, mas o preço de venda é bem diferente. Esse é o mercado; o varejo já repassa esse valor,” explica Josué.

O feirante Wesley Beltrão acrescenta que os preços do pequi variam conforme a região de origem do fruto, refletindo as diferenças de mercado em nosso município: “As primeiras safras já vêm com esse valor, e eu acho proporcional.”

A expectativa é de que a safra deste ano movimentará mais de R$ 10 milhões em todo o Estado, reafirmando a importância do pequi não apenas como um símbolo cultural, mas também como motor econômico da região.