Ela foi presa na tarde desta quarta (16/02)

Goianésia – Uma mulher foi presa na tarde desta quarta-feira (16/02) suspeita de matar o enteado de 7 anos, em Goianésia. Segundo a Polícia Civil (PCGO), o menino David Luís já chegou morto ao hospital, quando a Polícia Militar foi acionada e prendeu a suspeita em flagrante. Segundo a delegada que apura o caso, Ana Carolina Pedrotti, ainda ontem foram ouvidas diversas testemunhas e feito o laudo que constatou que a vítima havia sido agredida.

Em razão disso, explica a delegada, houve uma laceração intestinal, que causou uma infecção, e aparentemente uma lesão no fêmur. Testemunhas relataram à polícia que a madrasta já tinha um histórico de agredir o menino. Após apuração, o pai biológico da criança também foi preso: "tendo em vista que ele, sabendo da situação, não fez nada para tentar salvar a vida da criança", diz Pedrotti. "O David foi agredido na segunda-feira (14/02) e provavelmente passou muito mal, porque é uma lesão bastante grave", completa. Ambos responderão por homicídio.

Ainda segundo a delegada, David Luís já chegou ao Hospital Municipal de Goianésia frio e com rigidez cadavérica, o que significa que ele já estava morto há pelo menos duas horas antes dos suspeitos procurarem ajuda. Segundo as testemunhas relataram, não era um caso isolado: "não foram agressões pontuais. São agressões que ocorriam há algum tempo", aponta Pedrotti. "Ela assumiu o risco de matá-lo quando bateu de forma muito grave. E o pai também porque nada fez. Se tivesse procurado o hospital na segunda, talvez não estivéssemos falando da morte de uma criança", conclui a delegada.

Ela orienta que os vizinhos e amigos que saibam desse tipo de agressão devem procurar as autoridades: "As pessoas dizem que não querem 'meter a colher' neste tipo de situação, mas quando envolve crianças e pessoas vulneráveis, é importante que a população leve esta notícia para a delegacia para que seja apurado. Se tivesse sido denunciado anteriormente, poderíamos ter evitado essa tragédia de acontecer".

O crime chocou a população da cidade: houve manifestação popular na porta da delegacia e até na porta da casa onde a família morava.