Autor e vigilante vão responder pelo crime

Goianésia – A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), concluiu as investigações em torno da morte da idosa Neuza Cândida, de 75 anos, ocorrida no último dia 7 de abril, no Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), e duas pessoas foram indiciadas pelo crime.

Concluiu-se, através da colheita de diversos elementos de informação, que Ronaldo do Nascimento não conhecia a vítima e não possuía a intenção de matá-la. Contudo, para a Polícia Judiciária, o investigado assumiu o risco de produzir esse resultado ao manipular a idosa em seu leito - especialmente suas via aéreas -, sem autorização, sem conhecimento técnico para tal e em razão do estado de saúde já debilitado da vítima, motivo pelo qual ele foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado por ter sido cometido por meio de recurso que dificultou a defesa da vítima.

A segunda pessoa indiciada foi um vigilante vinculado a uma empresa que presta serviço de segurança de forma terceirizada ao hospital. De acordo com as investigações, o vigilante deixou de observar protocolos de segurança básicos e autorizou a entrada do investigado em área restrita do hospital, fato esse que possibilitou a morte da vítima. Como o vigilante não agiu com dolo, no entender da Polícia Civil, ele foi indiciado pelo crime de homicídio culposo.

Na conclusão do inquérito, a Polícia Judiciária sugeriu ao Poder Judiciário a realização de incidente de insanidade mental no investigado Ronaldo do Nascimento, uma vez que há nos autos indícios de que ele seja portador de alguma doença psiquiátrica, a fim de verificar se ele era, ao tempo do fato, inimputável.