Unidade diminuiu a fila de espera para procedimentos cirúrgicos e pacientes graves não precisam mais ser transferidos para outras cidades

Goianésia – Em apenas cinco meses de funcionamento, o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), localizado em Uruaçu, atingiu a marca de mil cirurgias realizadas no complexo. Os números expressivos são resultado da estratégia de regionalização da saúde proposta pela Governo de Goiás, que desafoga outros centros hospitalares que antes tinham de atender à demanda de pacientes de cidades mais afastadas.

“Com a regionalização da saúde, houve uma inversão no fluxo de atendimento. Agora, muitas localidades que antes não eram atendidas podem contar com assistência médica e cirúrgica. Na unidade, por exemplo, a maioria dos pacientes atendidos é da região Centro-Norte, mas também atendemos munícipios de outras regiões”, relata o diretor técnico e cirurgião geral do HCN, Virgílio Cardoso Moreno.

Com perfil de atendimento para casos de alta complexidade, o HCN, inclusive, está diminuindo a fila de espera para procedimentos cirúrgicos. “Estamos operando pacientes que estavam aguardando, pois muitos precisavam de um hospital com o nosso padrão de atendimento que possui equipes e tecnologias necessárias para dar suporte a casos mais complexos”, complementa Moreno.

Especialidades variadas

Outro fator atribuído ao sucesso das mil cirurgias realizadas em tão pouco tempo de funcionamento está relacionado à equipe multiprofissional do HCN, que no caso do corpo clínico e cirúrgico oferece suporte aos pacientes com diversas especialidades. “Um dado, por exemplo, que temos percebido e que tem chamado bastante atenção é o número de pneumonias graves, em crianças. Há um alto índice de casos que evoluem com piora clínica para a necessidade de abordagem cirúrgica, o que exige equipe multiprofissional qualificada”, explica o diretor técnico.

Nesse sentido, vale destacar que o HCN tem conseguido êxito na recuperação de diversos pacientes graves. Isso se deve, principalmente, à tecnologia de videocirurgia torácica oferecida na unidade, inédita na região. O procedimento, minimamente invasivo, proporciona mais segurança e um pós-operatório mais rápido, fato que contribui, inclusive, para uma otimização na logística do fluxo hospitalar.