Foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão em quatro estados

Goianésia – A Polícia Civil (PCGO), por meio Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar), e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em força-tarefa, deflagram hoje (30/06) a Operação Zayn, segunda fase. A operação investiga uma organização criminosa interestadual, com atuação em oito estados brasileiros, que teria praticado roubos de veículos, de cargas, receptação, lavagem de dinheiro e outros delitos. As equipes cumpriram 44 mandados judiciais de buscas e apreensões, em Itumbiara, São Paulo, Rio Grande do Sul e Tocantins. A Operação Zayn mobiliza 170 policiais e 45 viaturas.

A investigação catalogou os líderes da organização criminosa em cerca de um ano de apuração. Os membros da organização também praticaram falsidade ideológica, adulteração de veículos automotores, receptação e furto qualificados. Ao todo, foram 56 alvos investigados. A operação ocorreu em Goiás (Goiânia e Itumbiara), São Paulo, Tocantins, Rio Grande do Sul, Maranhão, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Também houve lavratura de três prisões em flagrante, em São Paulo, Rio Grande do Sul, e Mato Grosso do Sul, por posse ilegal de arma e uso de documento falso.

Estima-se que o grupo seja responsável por centenas de fraudes e roubos em todo o país, com volume de perdas estimado em R$ 100 milhões nos últimos 5 cinco anos, entre 2017 e 2022, às empresas vítimas. A primeira fase da operação foi deflagrada em 2021, quando se verificou fraudes e adulterações de veículos roubados, registrados ilicitamente em Detrans dos estados e com revenda destes veículos adulterados a terceiros de boa fé. Esta nova fase tem como foco a constrição de bens judicialmente autorizada (sequestro e apreensões) decorrentes da lavagem de dinheiro. “A investigação aprofundada foi fundamental para desarticular a organização criminosa, retirar seus bens e vantagens ilícitas auferidas e, com isso, diminuir as estatísticas criminais de furtos e roubos de cargas em Goiás”, destaca o titular da Decar, Alexandre Bruno de Barros.