Levantamento da SES-GO aponta que infestação do mosquito avança cerca de 60% em imóveis desocupados por longos períodos. Chuvas favorecem aumento do número de criadouros

Goianésia – O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), alerta a população a redobrar os cuidados nas residências para evitar a formação de criadouros do mosquito Aedes aegypti. O aumento da infestação do vetor e dos casos de dengue, chikungunya e zika preocupa, e medidas preventivas são fundamentais devido à intensificação do período chuvoso e à proximidade das férias, quando muitas casas permanecem fechadas por longos períodos.

As autoridades da área da saúde fazem um alerta à população devido aos perigos causados pelos imóveis desabitados por longos períodos. O coordenador de Dengue, Chikungunya e Zika da SES-GO, Murilo do Carmo, destaca que nos imóveis fechados há um aumento de 60% no número de focos do Aedes. Ele orienta os moradores a fazer uma vistoria minuciosa pela casa e eliminar toda e qualquer possibilidade de criatório antes de seguir viagem.

Entre as medidas que inibem a reprodução em grande escala do mosquito estão a vedação da caixa d´água, o recolhimento e acondicionamento do lixo no quintal, a cobertura de cisterna e de todos os reservatórios de água. Murilo do Carmo acentua que o Aedes aegypti tem a capacidade de se reproduzir nos lugares mais inusitados. Um criadouro muito comum do vetor é o recipiente de degelo das geladeiras. “Ao viajar, mesmo que por poucos dias, as pessoas devem fazer a limpeza desse compartimento”, informa.

Limpeza dos quintais

O mesmo cuidado deve ser adotado com os vasos de plantas, vasos sanitários, depósitos de água de umidificadores, ralos de banheiro e sifões das pias da cozinha e do banheiro. Todos esses locais, muitas vezes ignorados pelos moradores, são potenciais criadouros do mosquito pelo fato de acumular água, mesmo que em pequena quantidade. O ovo do vetor, em contato com a água parada, leva em média sete dias para se transformar em mosquito adulto.

Os quintais das residências também merecem muita atenção. Eles devem ser mantidos limpos, sem qualquer objeto que possa acumular água. Murilo do Carmo enfatiza que itens aparentemente inofensivos, como tampinhas de garrafa, pequenas latas e copos plásticos, se transformam, em pouco tempo, em ambientes favoráveis à proliferação do inseto. E, por fim, ressalta que é a atuação do cidadão no âmbito de seu domicílio o fator decisivo para enfrentar, reduzir e evitar o Aedes aegypti, um perigoso vetor de doenças.