No âmbito nacional, ele disse que deve apoiar Simone Tebet para presidente

Lucas Cássio e Orivaldo José

Goianésia – O presidente do PSD, Vilmar Rocha, disse em entrevista exclusiva à RVC FM que foi "surpreendido" pela decisão do governador Ronaldo Caiado (UB) de retirar seu apoio a Lissauer Vieira para o Senado Federal.

"Nos últimos dois anos, as articulações do PSD caminhavam no sentido de fazer uma aliança com a UB, indicando o candidato a governador, o MDB o candidato a vice e o PSD o candidato ao Senado. Isso que foi construído ao longo desse tempo", relata.

Rocha explica que, porém, os presidentes nacionais das outras duas legendas informaram recentemente que não podiam bancar este apoio, considerando as candidaturas do Alexandre Baldy (PP) e do Delegado Waldir (UB). "Isso criou um problema e uma surpresa, porque a nossa expectativa e o nosso entendimento era de uma candidatura única dessa aliança pelo PSD. Diante disso, tivemos que reavaliar as nossas posições políticas".

Segundo Vilmar, resta ao PSD fazer aliança com outros partidos ou insistir e manter a aliança, que é apoiada por grande parte do partido. "Estamos avaliando uma hipótese de lançar a candidatura do deputado Lissauer ao Senado mesmo que avulsa. É essa candidatura que vamos tratar durante a semana e referendar na convenção do dia 5", disse.

Rocha salientou, porém, que fala em aliança com os dois partidos, e não com o governador Ronaldo Caiado e nem com o governo. "Nós não ajudamos a eleger o atual governo, não fazemos parte dele. Não temos nem um estagiário indicado no governo".

O presidente do PSD, porém, salientou que na convenção do dia 5, "tudo pode acontecer". "Nós somos independentes, temos autonomia para tomar a decisão A, B ou C. A tendência é manter essa aliança com a candidatura avulsa do deputado Lissauer, mas não temos essa obrigação. Não temos dívida nenhuma com eles. Pelo contrário, eles que têm conosco", afirma.


Eleição presidencial

Já na corrida presidencial, Vilmar Rocha contou que o PSD "liberou" os Estados e os filiados para escolherem quem irão apoiar. Da sua parte, Rocha escolheu Simone Tebet (MDB). "Eu vou apoiar a senadora Simone Tebet para ser coerente com o que eu sempre defendi: uma candidatura do centro democrático que fugisse da polarização Lula/Bolsonaro. Me dizem, 'ah, mas ela não vai ganhar'. Sim, e daí?", assegura. "No primeiro turno, você deve fazer opção pelo candidato que você acha que é o melhor. No segundo, sim, você vai definir entre os dois que existem. Mas neste momento, eu faço essa opção porque acredito que temos que fugir dessa polarização. Ela não é boa para o Brasil", finaliza.