Goianésia - A empresa Ouro Verde, responsável pelo lixão de Padre Bernardo, informou nesta quarta-feira (8/10), à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) que concluiu a retirada de todo o lixo que havia desmoronado sobre a grota do córrego Santa Bárbara no dia 18 de junho. O prazo estipulado para o término desse trabalho era 10 de outubro.
No início das operações, calculava-se que seriam removidos cerca de 42 mil metros cúbicos de resíduos. Entretanto, em pedido de prorrogação apresentado no fim de setembro, a Ouro Verde justificou que o volume subiu para 62,8 mil metros cúbicos. O aumento ocorreu em razão da terra utilizada para abafar um incêndio registrado no local em 24 de junho.
Além da limpeza da grota e do leito do córrego, outras ações foram determinadas por meio de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado entre a empresa e a Semad em 11 de julho. Entre as medidas previstas estão o esvaziamento das cinco lagoas de chorume existentes, para evitar extravasamentos no período chuvoso, e a construção de uma sexta lagoa. Todas essas intervenções devem ser concluídas até 31 de outubro.
O material retirado foi depositado em uma célula impermeabilizada dentro da própria área do lixão. A Ouro Verde também ficou encarregada de recobrir a pilha de resíduos, de forma a reduzir riscos de instabilidade durante as chuvas.
Segundo o gerente de emergências ambientais da Semad, Sayro Reis, a pasta deve elaborar um novo aditivo ao TAC com a empresa, estabelecendo medidas complementares para mitigar os danos ambientais provocados pelo desmoronamento.
Qualidade da água
O monitoramento da água do córrego Santa Bárbara permanece em andamento. A análise busca avaliar a presença de metais pesados e outras substâncias poluentes. O relatório mais recente, produzido em setembro, apontou avanços, mas ainda sem condições de suspender a portaria que proíbe o uso da água.
Embora o manancial não seja utilizado para consumo humano, ele é essencial para a irrigação de plantações e para o abastecimento de animais. O índice de benzeno, por exemplo, está em 0,01 mg/L em todos os pontos de medição, quando o limite da resolução 357 do Conama é 0,005 mg/L. Já o manganês apresentou 0,201 mg/L e 0,187 mg/L em dois locais analisados, ultrapassando o limite de 0,1 mg/L.




