Impacto no bolso: aumento reflete escassez hídrica e acionamento de termelétricas

Goianésia - A partir de 2 de outubro, a tarifa de energia elétrica em todo o Brasil será reajustada para a bandeira vermelha, patamar 2, implicando um aumento considerável nos custos. Essa mudança é uma resposta ao acionamento de usinas termelétricas, necessário para atender à crescente demanda durante os horários de pico.

Thiago Sorrentino, economista do Ibmec, destaca as repercussões desse aumento. “Em 2024, o consumo de energia em residências e empresas já resultou em um acréscimo superior a 30% nas contas. Isso gera um impacto financeiro significativo para os consumidores”, explica.

Com a bandeira vermelha patamar 2, haverá uma cobrança adicional de R$ 7,87 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos, um valor superior ao patamar 1 vigente em setembro. Divino Martins, aposentado de Goiás, expressa sua preocupação: “Não esperava por mais esse aumento. O impacto no bolso será significativo, e isso me preocupa muito”.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a principal justificativa para essa mudança é o baixo volume de chuvas, que diminuiu os níveis dos reservatórios das grandes usinas hidrelétricas, comprometendo sua capacidade de geração.

Com esse novo cenário, consumidores devem se preparar para ajustar seus hábitos e orçamentos, já que as contas de energia prometem pesar ainda mais nas finanças familiares.