Gestores da educação local se reuniram com o prefeito e com forças de segurança para definir protocolos

Goianésia – A RVC FM entrevistou na manhã desta quarta-feira (12/04) a secretária municipal de educação, Elisandra Menezes, e a coordenadora regional de educação, Gislene Fonseca. Foi abordado o resultado da reunião na manhã de quarta com o prefeito Leonardo Menezes e as forças de segurança locais assim como medidas para evitar novos ataques como o ocorrido nesta terça (11/04) em Santa Tereza de Goiás.

"Essa reunião se fez necessária para que fosse estabelecido o diálogo entre as partes. Ficou acordado que vamos criar um protocolo específico para o nosso município, atendendo as necessidades da nossa realidade local", disse Elisandra.

A secretária destacou que cada pessoa tem seu papel social e precisa trazer a responsabilidade para si. "Pais precisam estar atentos aos filhos e no que ele leva de casa e no que ele traz para casa", disse. Ela também ressaltou que é importante que a desinformação seja combatida para evitar o pânico: "Fontes que são reais, verdadeiras, com precisão de informações, precisam ser propagadas para combater a histeria que vemos acontecendo no momento".

A coordenadora regional concorda: "É preciso tranquilizar a comunidade e os pais em relação a essas notícias falsas. Vai-se dando muita visibilidade para o mal quando temos projetos e resultados lindos dentro das nossas unidades. Confiem nas nossas unidades escolares e na equipe que está lá dentro".

A nível da educação estadual, Gislene informou que existe e é seguido desde 2019 um protocolo de segurança estabelecido pelo Governo de Goiás para lidar com ocorrências nas escolas, inclusive violentas. "Nossos gestores já estão muito bem orientados em como agir caso algo aconteça dentro das nossas unidades escolares", garante. A gestora lembra que já existem câmeras em todos os ambientes das escolas e que a maioria das escolas possui controle de entrada.

Sobre medidas materiais, a secretária comentou que desde ontem diversos pais e mesmo vereadores têm cobrado ou feito propostas que não são viáveis para o município e os cofres públicos, como segurança armada e detector de metal nas creches. "Precisamos avaliar, com bom senso e cautela, para que a gente tome medidas que sejam realmente favoráveis ao que estamos combatento". Segundo ela, é mais possível pensar em medidas preventivas de conscientização e na disponibilização de atendimento pedagógico e psicológico para os alunos.

Elisandra disse que é importante ficar atento aos sinais das crianças e adolescentes. "Quando você busca o histórico desses agressores, vemos que eles são frutos [da escola]. Temos que avaliar o papel social da escola e da família porque estamos vendo uma resposta de jovens que muitas vezes estão sofrendo perto de nós e temos que trazer essa responsabilidade para a educação no sentido de observação, de conscientização, de informação e palestras para combatermos essas ações".

Gislene concorda: "Quarto de filho não é cofre: os pais têm que saber o que há lá dentro, olhar a mochila do aluno, o que ele está levando para a escola, saber o que ele aprendeu na aula. Os pais precisam saber o que está acontecendo na escola, perguntar o que aprendeu. São coisas pequenas que fazem total diferença para não resultar nessas situações".