Goianésia – Já são 53 casos confirmados de febre maculosa no Brasil este ano, segundo o Ministério da Saúde. A doneça transmitida pelo carrapato-estrela já matou outro pessoas em São Paulo, Minas Gerais e São Paulo desde a semana passada.
O médico Breno Leite explica que a doença é causada por uma bactéria que é transmitida pela picada do carrapato que é comum em regiões de mata. "Ele tem que ficar em contato com a pele por pelo menos quatro horas. Os carrapatos mais jovens são mais perigosos, porque são menores e mais difíceis de serem vistos", conta.
A doença não é transmitida de pessoa para pessoa. Após cerca de dez dias do contato, os sintomas começam a se manifestar por meio de febre, dor no corpo, diminuição de apetite, fadiga, manchas na pele e dor de cabeça. "Quando tem mancha avermelhada na palma da mão e na planta do pé, pode se desconfiar que é febre maculosa", orienta. Sintomas mais graves incluem diarreia, vômito, gangrena nos dedos e orelhas, podendo ocorrer paralisia e parada respiratória.
"Quem teve contato com cavalos, na zona rural, e começou a ter um quadro repentino de pele com manchas no corpo todo, tem que procurar urgente o médico, porque tem tratamento, mas que tem que começar no máximo no terceiro dia dos sintomas. Passado cinco dias, o antibiótico não tem um efeito tão qualificado", explica.
Ele orienta que, caso a pessoa for entrar na mata, usar calça comprida para dentro de uma bota alta, assim como camisa de manga longa. Caso um carrapato seja visualizado, não adiantar enfiar agulha nele ou tentar queimá-lo. "Tem que torcer o carrapato de forma leve para tentar tirar a boca dele da pele sem esmagar nem estressar o carrapato para que não aumente as chances de contaminação", diz o médico.
