Segundo pesquisa da FGV, foram criados 359 mil empregos formais entre 2019 e 2022 no setor

Goianésia – O agronégocio brasileiro está mais formal, aponta uma pesquisa nacional feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os dados mostram que entre 2019 e 2022 foram criados 359 mil empregos formais no setor, ampliando a taxa de formalidade de 38% para 40,1%. Neste mesmo período, o número de trabalhadores na área cresceu de cerca de 13.6 milhões para 13.9 milhões.

"O agro, conforme ele foi incorporando tecnologia, melhorando a qualidade da sua gestão, fazendo seu processo produtivo mais sofisticado, acabou por um lado demandando uma mão-de-obra mais qualificada que, por sua vez, exige um padrão de contratação mais formal", explica o pesquisador e coordernador do estudo, Felippe Serigati.

Segundo o economista da FGV, Renan Pieri, o agro tem oferecido vagas mais qualificadas apesar de uma taxa alta de informalidade permanecer no setor. "Com o crescimento do setor, a dificuldade é encontrar mão-de-obra qualificada. Isso passa pela melhoria do sistema educacional brasileiro, com mais formação de cursos técnicos e superiores voltados para o agronegócio e as próprias empresas investirem na capacitação dos seus funcionários", aponta.