Goianésia - A previsão de uma queda significativa na safra de soja tem gerado preocupações entre os produtores e tem potencial para impactar a economia não só a nível estadual, mas também nacional. Goiás, um dos maiores produtores de soja do país, está enfrentando desafios devido a essa previsão, que é resultado do excesso de calor no fim do ano passado e das chuvas intensas no início deste ano.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás, Joel Ragagnin, explicou que a soja é uma das últimas lavouras colhidas e que a diminuição já era prevista por conta do excesso de calor no fim do ano passado e das chuvas mais intensas no início deste ano. "É muito preocupante porque tivemos no último ano uma produção em que os custos foram elevados. Acreditamos que se Goiás chegar a uma colheita de 58 a 60 sacas por hectares, isso deve representar, em média, a quantidade necessária para cobrir os custos de produção", pontuou.
A produção estadual deve ter uma queda de 10% abaixo de 2024. Gustavo Jayme é produtor de soja em Goianésia e Santa Rita do Novo Destino e destaca que os desafios que surgem devido à quebra da safra são preocupantes para os produtores. "Goianésia sempre despontou com uma cidade próspera no agronegócio. O produtor rural é incansável, a gente está sempre trabalhando, investimos bastante este ano. Contudo, os custos elevados da safra nos preocupam. O produtor que não tinha seus custos especificados, agora está tendo mais dificuldades de ir no mercado e comprar esses insumos", detalhou Gustavo Jayme.
A nível nacional, a safra de soja também enfrenta uma redução, com uma estimativa de 5,2% a menos em comparação com o ano anterior, resultando em uma colheita de mais de 146 milhões de toneladas. O Brasil, como principal exportador mundial da commodity, enfrentará desafios econômicos adicionais devido a essa diminuição na produção.
A situação da quebra na safra de soja não apenas afeta os produtores e a economia agrícola, mas também pode ter repercussões em diversos setores da economia nacional, destacando a importância de monitorar e responder adequadamente a essas mudanças no mercado agrícola.
