Decisão divide opiniões entre cidadãos

Goianésia - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que o governo federal não irá retomar o horário de verão em 2024, embora essa medida possa ser considerada para o ano seguinte. Técnicos da pasta concluíram que, com o retorno do período chuvoso, os reservatórios estarão abastecidos o suficiente para garantir a geração de energia nas hidrelétricas, evitando grandes prejuízos.

Para muitos, como a goianesiense Maria Lúcia, a decisão foi acertada, pois havia resistência à volta do horário de verão: “para mim, não muda em nada. Não abixará o valor da fatura e já ficamos acostumados com o horário atual, a mudança só atrapalharia nossa rotina, especialmente para quem trabalha cedo”.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) havia apresentado dados sobre a possibilidade de adiantar os relógios em uma hora. Em um relatório anterior, entregue ao governo em setembro, o ONS recomendou essa mudança temporária como uma forma de economia financeira, que poderia chegar a R$ 400 milhões em 2024.

A dona de casa Angela Costa comentou que, se a medida resultar em redução na conta de luz, que tem vindo superfaturada, poderia ser uma boa opção para o próximo ano: “Eu não gosto, mas se é algo que trará melhorias para nós, tem que ter sim. Temos que pensar em melhorias de todos, não só da gente.”

Atualmente, o Brasil enfrenta a “seca mais intensa da história recente”, segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). Essa é a pior estiagem dos últimos 74 anos. Em resposta a essa crise hídrica, o governo considerou a volta do horário de verão para aliviar o consumo de energia elétrica. Desde setembro, a possibilidade estava em discussão, e a decisão final foi baseada em estudos técnicos realizados pelos setores responsáveis.