Goianésia – A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) distribuiu a municípios goianos, de janeiro a julho deste ano, 3.305 dispensações de medicamentos para a Profilaxia Pré-Exposição (Prep) e 1.362 para a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), contra o HIV, vírus causador da síndrome da imunodeficiência adquirida (aids). Ao todo, 1.582 pacientes usam esses medicamentos em todo o Estado, numa das principais ações realizadas pela SES-GO para conscientização sobre a importância da prevenção à aids.
A Prep é indicada para o uso preventivo de medicamentos antes da exposição ao vírus HIV, reduzindo a probabilidade de infecção. O público prioritário da Prep são as populações que concentram o maior número de casos de HIV no País: gays, trans, trabalhadores/as do sexo e parceiros sorodiferentes (quando uma pessoa está infectada pelo HIV e a outra não). No entanto, essa profilaxia pode ser usado por toda a população, após orientação e acompanhamento.
Já a PEP é considerada profilaxia de emergência e é realizada com medicamentos antirretrovirais, que devem ser usados logo após a pessoa ter tido um possível contato com o vírus HIV em situações como violência sexual, relação sexual desprotegida (sem uso de camisinha ou com rompimento do preservativo) e acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou em contato direto com material biológico). Para funcionar, a PEP deve ser iniciada logo após a exposição de risco, em até 72 horas, e deve ser tomada por 28 dias.
Os medicamentos antirretrovirais são dispensados em 43 municípios goianos, em todas as regiões do Estado. No Caso da Prep, existem em Goiás as unidades de referência, nas cidades de Anápolis, Aparecida de Goiânia, Catalão, Cidade Ocidental, Goiânia, Jataí e Rio Verde, com acompanhamento trimestral e exames periódicos.
Ambos os tratamentos são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como direito de todos os brasileiros. A Gerência de Atenção Primária da SES-GO destaca que essas profilaxias surgiram como métodos na luta contra o HIV. E nenhuma dessas profilaxias substituem a necessidade de uso do preservativo (camisinha).
A gerência ressalta que ainda há muito a se fazer no trabalho de prevenção ao HIV, que inclui educação sexual, políticas eficazes de saúde pública de prevenção e o combate ao preconceito e à discriminação.