As penas somadas podem chegar a 39 anos de reclusão

Goianésia - Duas pessoas foram presas em Pirenópolis, Goiás, por comercializarem produtos à base de psilocibina e canábis sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A ação foi conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal, com apoio da equipe da Polícia Civil de Goiás.

Os suspeitos estavam fabricando uma variedade de produtos, incluindo medicamentos e cosméticos como cremes para a pele, utilizando plantas cultivadas em casa. No entanto, eles não possuíam a formação técnica necessária para a produção desses itens. A maioria dos produtos, voltados para tratamentos de saúde, era comercializada através de uma página no Instagram que contava com mais de 60 mil seguidores.

De acordo com o delegado Waldek Fachinelli, os envolvidos prescreviam os produtos para diversas condições de saúde, incluindo doenças como Alzheimer e autismo. “Recebemos relatos de que pessoas idosas e crianças estavam usando esses produtos, que foram fabricados sem as devidas condições técnicas. Eles indicavam a quantidade a ser utilizada, o que é extremamente perigoso”, afirmou o delegado.

Além dos medicamentos destinados ao uso humano, alguns produtos também eram enviados a uma médica veterinária no Distrito Federal para aplicação em animais.

Os suspeitos foram autuados por exercício ilegal da medicina, curandeirismo, charlatanismo, tráfico de drogas interestadual, associação para o tráfico e disseminação de espécies que podem causar danos ao meio ambiente. As penas somadas podem chegar a 39 anos de reclusão.