O juiz Inácio Pereira de Siqueira concedeu liberdade provisória aos envolvidos

Goianésia - A Justiça de Goiânia determinou, após audiência de custódia, a soltura do personal trainer Thiago Vieira Bastos, do médico Diego Ferreira da Costa e do casal Nilton Machado Júnior e Célia Gonçalves Ferreira Machado. Eles são suspeitos de comercializar medicamentos para emagrecimento de forma ilegal.

O juiz Inácio Pereira de Siqueira concedeu liberdade provisória aos quatro, condicionando a soltura ao pagamento de fiança de R$ 3 mil para cada um. Além da fiança, foram impostas obrigações cautelares, como:

Comparecimento a cada 180 dias em juízo para informar e justificar suas atividades;

Proibição de se ausentar da comarca onde residem por mais de 30 dias, sem comunicar o juízo;

Não frequentar bares, casas de jogos ou prostíbulos, e outros locais semelhantes;

Comparecer a todos os atos processuais para os quais forem intimados;

Não se envolver em novas práticas delitivas.

Investigações e denúncias

As investigações tiveram início após uma denúncia anônima sobre a venda do medicamento “Mounjaro” nas redes sociais do personal trainer Thiago. A Polícia Civil, ao verificar a denúncia, flagrou Thiago durante uma entrega, onde ele admitiu a prática ilegal. Durante a abordagem, foram encontrados com ele não apenas caixas do medicamento, mas também anabolizantes que, segundo o suspeito, eram para uso próprio.

Em seu depoimento, Thiago afirmou que adquiria os medicamentos de um médico que foi seu aluno, o que levou à identificação de Diego Ferreira da Costa. O médico confirmou que obteve os medicamentos de um casal que reside em Londres, mas que estava temporariamente em Goiânia. Nilton e Célia foram detidos e revelaram que trouxeram 50 unidades do Mounjaro, das quais 39 já haviam sido vendidas antes da operação policial. Na residência do casal, a polícia apreendeu as 11 caixas restantes.

Os quatro suspeitos responderão por associação criminosa e pela comercialização de medicamentos de origem duvidosa. A polícia ressaltou que os remédios não possuíam documentação que comprovasse sua compra ou procedência e que não havia garantias quanto às condições de armazenamento, que requerem refrigeração adequada.

Defesa dos suspeitos

Em nota à imprensa, a defesa do médico Diego Ferreira da Costa declarou sua inocência, alegando que a prisão foi abusiva, uma vez que o medicamento foi aprovado pela Anvisa no ano anterior. O advogado também afirmou que o médico está colaborando com as investigações.

O caso segue em andamento, e a polícia continua a apurar os detalhes da operação e a origem dos medicamentos.