Autoridades encontraram a bebê em Itumbiara, Goiás

Goianésia - Na tarde da última quarta-feira (24), um momento de profunda emoção marcou a vida da família de uma bebê sequestrada no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). O reencontro da criança com a mãe, Natália, foi registrado em imagens vinculadas em redes sociais, e revela a alegria e alívio da família após um angustiante período de quase 24 horas.

Natália, visivelmente emocionada e com a filha no colo, expressou sua gratidão dizendo: “Meu Jesus, obrigada!”. A tia da bebê, Aline, relatou que a criança foi diretamente para os braços da mãe ao ser devolvida, encerrando a agonia da família. O pai, Édson Ferreira, um motorista, também comentou sobre a felicidade do desfecho, destacando: “Sorte que não aconteceu nada com ela”, enquanto Natália completou: “Jesus estava com ela”.

O Caso

O sequestro foi cometido pela médica Claudia Soares Alves, que foi presa em Itumbiara, no sul de Goiás. Segundo as investigações, Claudia, que é neurologista e professora em duas universidades, entrou no hospital disfarçada com roupas de profissional de saúde e com um crachá da UFU. Ela se apresentou como pediatra e, após convencer o pai da bebê de que iria alimentá-la, saiu do hospital com a criança.

Claudia alegou à polícia que estava em um surto quando cometeu o crime, uma versão que a Polícia Civil de Goiás (PCGO) questiona. O delegado Anderson Pelágio argumenta que a versão é improvável, já que Claudia havia comprado itens para bebê, sugerindo planejamento premeditado. A defesa de Claudia, representada pelo advogado Vladimir Rezende, atribui o ato a um surto induzido por mudanças em sua medicação devido a uma suposta gravidez e ao luto pela morte da mãe.

Quem é Claudia Soares Alves

Claudia Soares Alves, formada pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e com residência em neurologia, atua como professora na UFU e na Universidade Estadual de Goiás (UEG). Recentemente, ela iniciou um doutorado em Ciências da Saúde. Em suas redes sociais, Claudia expressava entusiasmo pela medicina e por seu futuro profissional, o que torna o ocorrido ainda mais chocante.

Reações e Medidas

A Universidade Federal de Uberlândia confirmou que Claudia tomou posse como professora em maio deste ano, mas ainda não esclareceu se ela estava em atividade no hospital no momento do sequestro. O HC-UFU, por sua vez, está realizando uma apuração interna do incidente e colaborando com as autoridades. A instituição divulgou uma nota informando que a mulher entrou no hospital trajada como profissional de saúde e, após o ocorrido, a equipe acionou a Polícia Militar de Uberlândia e forneceu as imagens das câmeras de segurança.