Estudo revela que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode ter consequências sérias para a saúde mental e física

Goianésia - De acordo com um estudo recente realizado pelo Instituto Ipsos, os brasileiros passam, em média, 3,6 anos de suas vidas utilizando dispositivos eletrônicos, como smartphones. O psicólogo clínico Sidnei Gomes destaca que a falta de sono associada ao uso excessivo de smartphones pode trazer graves consequências para a saúde física e mental. “Para quem já enfrenta quadros de ansiedade, é essencial ter cuidado com notícias catastróficas. Evitar pesquisas sobre esses temas e também limitar a exposição na internet é fundamental”, afirma.

O estudo revela que esse tempo equivale a 6% de todo o tempo livre de uma pessoa ao longo da vida. Quando consideramos outros tipos de telas, como televisão e jogos eletrônicos, esse número aumenta para 7 anos, ou 12% do tempo livre da vida adulta. A psicóloga clínica Danielle Vieira ressalta que os efeitos são ainda mais profundos entre os jovens, o que reforça a necessidade de supervisão dos pais. “O uso excessivo de telas pode prejudicar a formação emocional dos jovens. Além disso, o acesso a jogos online pode expô-los a situações perigosas, como contatos com criminosos. Esses desafios podem gerar riscos à vida dos adolescentes, incluindo o suicídio”, alerta.

O levantamento também estima que 43 anos da nossa vida são dedicados a atividades obrigatórias, como dormir e trabalhar. O sono, por exemplo, ocupa 17 anos e meio, representando cerca de 30% da vida, enquanto o trabalho remunerado consome 13,1 anos e o trabalho doméstico, 6,2 anos.