Com o aumento do risco de dengue no período chuvoso, Secretaria de Saúde intensifica ações para ampliar vacinação e combater o Aedes Aegypti

Goianésia - A cobertura vacinal da Qdenga, vacina contra a dengue, em Goiás, está abaixo do esperado, preocupando autoridades de saúde. Destinada a crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos, a vacina exige a aplicação de duas doses com intervalo de três meses entre elas. No entanto, até o mês de setembro, 124.584 pessoas ainda não haviam completado o esquema vacinal no estado.

De acordo com a gerente de imunização da Secretaria Estadual de Saúde, Joice Dorneles, um grande número de crianças e adolescentes tomou apenas a primeira dose. Agora, o foco é fazer com que essas pessoas voltem para completar o ciclo de imunização. "Nossa maior preocupação é com quem já tomou a primeira dose, mas não retornou para a segunda. A proteção completa só é garantida com as duas doses. Precisamos que os pais façam um esforço para levar seus filhos ao posto de saúde e garantir essa vacina tão importante", ressalta Joice.

Período chuvoso e aumento do risco

Com a chegada das chuvas, o risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti aumenta, o que eleva as chances de novos casos de dengue. Para evitar um cenário semelhante ao de 2023, quando Goiás registrou a pior epidemia da doença de sua história, a Secretaria de Saúde está intensificando ações de prevenção. Entre as medidas estão visitas técnicas em todos os municípios do estado, com o objetivo de monitorar e supervisionar o combate ao mosquito.

Joice Dorneles também destaca a importância da vacinação para reduzir a gravidade dos casos de dengue. "A vacina não impede totalmente a infecção, mas reduz significativamente o risco de formas graves da doença e diminui a mortalidade. Por isso, é fundamental completar o esquema vacinal", alerta a gerente de imunização.

Os pais são fortemente incentivados a levar seus filhos aos postos de saúde para garantir a imunização completa e contribuir para a prevenção da dengue, especialmente com a chegada do período mais crítico da doença.

 

Até o momento, o estado contabilizou 414.967 notificações da doença, sendo 298.969 casos confirmados. Nesse mesmo período, 386 pessoas morreram vítimas da dengue. O número é 110% maior do que o verificado em 2022, ano que tinha, até então, os piores números para a doença no estado.