Ex-presidente tentou minimizar a polêmica, dizendo que suas críticas não foram especificamente direcionadas ao governador

Goianésia - Em uma live transmitida na última quarta-feira (02/10), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez duras críticas ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), em relação ao apoio do governador nas eleições municipais de Goiânia. Bolsonaro declarou: “Vamos passar o trator em cima do candidato do governador”, referindo-se a Sandro Mabel (UB-GO), que tem o respaldo de Caiado para a disputa pela prefeitura da capital goiana.

A manifestação ocorreu após uma visita de Bolsonaro a Goiânia no dia 24 de setembro, onde participou de um comício no Parque Vaca Brava para apoiar Fred Rodrigues (PL), candidato pelo Partido Liberal e seu escolhido na corrida eleitoral. Durante o evento, Bolsonaro fez críticas veladas à gestão estadual durante a pandemia de covid-19, sem mencionar diretamente o nome de Caiado, mas os presentes interpretaram como um ataque ao governador goiano.

“Durante a pandemia, fizemos o que tinha que ser feito. Fui contra governadores que diziam 'fiquem em casa, a economia a gente vê depois'. Governador covarde! O vírus ia pegar todo mundo, não tinha como fugir do vírus”, declarou Bolsonaro durante o comício, em uma fala que foi vista como uma referência às medidas de isolamento social adotadas por Caiado.

Na live de quarta-feira, o ex-presidente tentou minimizar a polêmica, dizendo que suas críticas não foram especificamente direcionadas ao governador. “Não tem nome. Falei que não agiram corretamente os governadores que aplicaram aquela história de 'fecha tudo, fica em casa'”, disse Bolsonaro, reforçando sua oposição às políticas de restrição durante a pandemia.

Ronaldo Caiado, que é médico e foi um dos primeiros governadores a apoiar medidas de isolamento social e defender a vacinação, seguiu as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a crise sanitária. Essas medidas de prevenção foram um ponto de divergência entre Caiado e Bolsonaro, que durante seu mandato minimizou a gravidade da pandemia e criticou o fechamento do comércio e as quarentenas impostas por governadores.